OPINIÃO: Mobilizações fizeram a diferença na campanha salarial 01/10/2014
Embora soubéssemos que não seria nada fácil arrancar dos patrões um reajuste que fosse considerado digno para a categoria, em razão das eleições e da instabilidade econômica inclusive forjada por aqueles que detém o poder econômico do país, não pensávamos que a campanha salarial durasse quase meio ano, pois iniciou em 4 de abril e se encerrou na assembleia geral do dia 18 de setembro.
Todo o ano, os patrões inventam alguma desculpa para não conceder reajustes capazes de melhorar um pouco mais o nível salarial da categoria. E, neste ano, não foi diferente. Aliás, foi bem pior porque, se dependesse dos patrões, sequer a recuperação das perdas teríamos conquistado.
Mais uma vez o que pesou foram as mobilizações da campanha. Quando convocados, os/as trabalhadores/as metalúrgicos de Sapiranga, Araricá e Nova Hartz sempre se mostraram mobilizados e dispostos a estar junto com o sindicato nas lutas, não se intimidaram com a pressão patronal e deram respaldo para o sindicato realizar boas ações nas portas de fábrica.
A avaliação da direção é que o acordo fechado foi bom porque, inclusive, não ficou distante da média conquistada em outros acordos metalúrgicos fechados no Estado, recuperando as perdas inflacionárias, conquistando um aumento real e mantendo importantes avanços conquistados em outras convenções coletivas.