Campanha salarial: Emprego e renda são prioridades 02/07/2016
Vivemos momentos de instabilidade política com forte impacto na economia do país. Os reflexos da crise, causada pelo jogo de interesses promovido por alguns setores da sociedade, se agravam, como o desemprego e a inflação.
O que devemos ter consciência é que essa crise, que afeta diretamente a classe trabalhadora, tem um poder muito mais devastador. O remédio proposto pelo governo da presidenta Dilma já era amargo, mas, agora, o presidente interino apresenta um projeto de mudanças estruturais baseadas na retirada de direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro.
O foco da campanha salarial 2016 dos metalúrgicos do Rio Grande do Sul é a manutenção dos empregos e do poder de compra dos salários. A geração de postos de trabalho, a renda e os direitos sociais devem ser o centro da política de governo, para que o país volte a crescer e combater as graves desigualdades sociais. Só conseguiremos avançar com mudanças na política econômica por meio de medidas como a redução da taxa de juros, a recuperação do crédito e investimentos em infra-estrutura, por exemplo.
Os trabalhadores gaúchos também sofrem com o altíssimo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), medida do governador Sartori para aumentar a arrecadação, que tornou o Rio Grande do Sul um dos estados mais caros do país. Aqui, nós pagamos mais pelo combustível, telefonia, energia e cesta básica. Esta não é a saída para o desenvolvimento do Estado. Exigimos que o governador reduza a alíquota do ICMS e reavalie a política econômica estadual. Há saídas que não massacram a classe trabalhadora.