Trarabalho precário aumenta mundialmente no setor metalúrgico 11/10/2007
Pesquisa da Federação Internacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (Fitim) mostra que metalúrgicos no mundo enfrentam problemas com o trabalho precário. A notícia é do jornal Tribuna Metalúrgica, de 10/10/2007, publicado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
O trabalho temporário, casual, inseguro e ocasional está crescendo no setor metalúrgico do mundo, de acordo com uma pesquisa recente da Federação Internacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (Fitim). A Fitim pesquisou em seus sindicatos associados, entre o ano passado e este, a incidência do trabalho precário no setor metalúrgico e como eles estão enfrentando o problema. A Federação representa 25 milhões de trabalhadores em 100 países.
A pesquisa apurou que 90% dos pesquisados disseram que o trabalho precário cresceu no setor metalúrgico nos últimos cinco anos. Para 66% dos entrevistados, os trabalhadores precários são resultado, entre outros, de contratos temporários e terceirizações e recebem uma remuneração menor que os trabalhadores permanentes, como também não têm garantias sociais.
A pesquisa também descobriu que os sindicatos metalúrgicos estão se valendo das negociações coletivas para enfrentar o problema e se mobilizam pela proteção dos direitos dos trabalhadores, em ações como a campanha Não caia nessa arapuca. Exija carteira assinada! Outra alternativa apontada pelos sindicatos para combater as fraudes é sindicalizar os trabalhadores contratados de forma precária.
“O trabalho precário é destinado a aumentar o lucro patronal e a sua flexibilidade serve para transferir os riscos do negócio para os trabalhadores”, explica o secretário-geral da Fitim, Marcello Malentacchi. Segundo ele, como demonstra a pesquisa, trata-se de um problema crescente em todos os continentes e que rebaixa os salários e piora as condições de trabalho.
A Fitim e suas afiliadas estarão tratando desse problema e decidirão sobre uma estratégia a ser globalmente coordenada na próxima reunião do seu Comitê Central, em novembro deste ano.