Mansão de Yeda: Imóvel teria sido vendido pelo dobro do preço que a governadora alega ter pago 25/06/2009
Mais um ingrediente foi adicionado à polêmica que envolve a compra da mansão da governadora Yeda Crusius. Nesta quinta-feira (25), o PSOL levou ao Ministério Público de Contas informações que colocam em dúvida o valor que a governadora diz ter pago pelo imóvel de luxo. Segundo o presidente da sigla, Roberto Robaina, e o vereador Pedro Ruas a casa adquirida pela governadora gaúcha logo depois das eleições de 2006 foi negociada um ano antes por R$ 1,4 milhão, quase o dobro do valor que Yeda alega ter desembolsado. A versão da governadora é que a transação foi selada por R$ 750 mil. “Os novos fatos comprovam, definitivamente, que o montante divulgado pela governadora não corresponde à realidade do mercado imobiliário”, frisou Ruas.
Conforme o vereador do PSOL, em 2005, a mansão da governadora, localizada em um bairro nobre de Porto Alegre, foi vendida por R$ 1,4 milhão. Os compradores chegaram a assinar um contrato de compra e venda e dar um sinal de R$ 70 mil. Posteriormente, desistiram do negócio.
Ruas lembra também que o mesmo corretor de imóveis que intermediou a compra da casa para a governadora, Eduardo Laranja, rejeitou, anteriormente, uma oferta de R$ 1 milhão pelo imóvel. “A versão da governadora não é crível. Primeiro, o imóvel foi à venda por R$ 1,4 milhão. Depois, o mesmo corretor que fez negócio com a governadora rejeitou uma oferta de compra de R$ 1 milhão por considerar o valor baixo. E, por fim, vendeu a mansão para Yeda por R$ 750 mil”,apontou.
O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino, disse que irá analisar a petição apresentada pelo PSOL. “No momento, não há prazo para recurso sobre o mérito do arquivamento da representação referente à compra da casa, apresentada pelo partido. Quando forem julgados os embargos declaratórios, o prazo será reaberto e as novas informações poderão ser agregadas ao recurso”, explicou.