CUT vai ao Congresso defender aumento real nas aposentadorias 30/10/2009
Na próxima semana, após o feriado prolongado, o Escritório de Brasília da CUT realiza panfletagem nos gabinetes de todos os deputados e senadores, em defesa da aprovação do acordo construído entre as centrais e o governo federal para aumento real das aposentadorias e mudanças nas regras previdenciárias. O material que será distribuído aos parlamentares é uma cartilha editada pela CUT, intitulada "Mudanças nas Aposentadorias. Saiba Mais".
"O objetivo dessa ação no Congresso é reivindicar aos parlamentares que o projeto de lei que traduz nosso acordo seja apreciado e aprovado com a maior urgência possível", explica Antonio Lisboa do Vale, diretor executivo da CUT e um dos coordenadores do Escritório de Brasília. "E também explicar e defender o conteúdo do acordo, que traz muitas melhorias e avanços em relação ao que temos hoje", completa.
Para entender as melhorias que a proposta traz, leia a cartilha da CUT. Para ver a cartilha em tamanho grande, clique uma vez sobre a imagem. Para virar as páginas, basta clicar sobre as setas à direita ou à esquerda.
Apresentamos também outros três gráficos, cedidos pelo deputado federal Pepe Vargas (PT-RS), o parlamentar que participou de todo o processo de negociação entre centrais e governo.
Nas duas primeiras tabelas, logo abaixo, uma comparação entre as circunstâncias para a aposentadoria para homens e mulheres hoje e como ficará depois da aprovação das mudanças.
Já no gráfico a seguir, você pode visualizar o quanto o aumento da expectativa de vida, pelas regras atuais, corrói as aposentadorias. O acordo negociado entre centrais e governos prevê, entre as mudanças, que o aumento da expectativa de vida vai deixar de contar para fins previdenciários tão logo as mulheres atinjam 30 anos de contribuição ao INSS e os homens, 35.
Conforme pode ser observado, uma pessoa que se aposentasse aos 55 anos de idade em 1999, passaria a receber 84% do valor integral do benefício a que teria direito. Já em 2008, uma pessoa em idênticas condições receberia só 72% do benefício integral. Ou seja, atualmente, cada vez que aumenta a expectativa de vida, cai o valor dos benefícios de quem decide se aposentar antes de cumprir todas as exigências do fator previdenciário.
Em recente debate sobre aposentadorias, realizado no Sindicato dos Químicos de São Paulo, o deputado federal Pepe Vargas (PT-RS) defendeu o acordo, transformado em projeto de lei, em primeiro lugar por preservar a política de valorização do salário mínimo, que rendeu um aumento real de 45% desde 2003. Esclareceu também que o acordo traz benefícios para todas as aposentadorias e para todos os futuros aposentados. "Há outro projeto no Senado que só dialoga com a minoria que se aposenta por tempo de contribuição", disse. Atualmente, apenas 26% daqueles que atingem a aposentadoria o fazem por tempo de contribuição.